E eu? Bem, eu estou há meia hora a olhar para o teclado a tentar transmutar emoções em palavras e só consigo balbuciar que foi o espetáculo mais bonito que assisti. Quer providenciado pela natureza quer por mão humana.
A melhor descrição que me ocorre é a de que é como se o céu irrompesse em chamas. Chamas verdes, amarelas, vermelhas a rodopiar e a dançar loucamente pelo céu enquanto formam tubos, arcos, fitas e figuras geométricas ainda por inventar. Não é algo a duas dimensões ou como se estivesse projetado numa tela ou no céu, neste caso. É algo mais a 3 dimensões e que nos envolve. Sente-se a aurora tanto quanto se vê a aurora.
Como puderam ler a minha melhor descrição não é lá grande coisa… mas a verdade é que tem sido um privilégio para além das palavras presenciar a este quase milagre praticamente todos os dias.
Dicas para caçar as luzes do Norte:
1) Ao contrário do que se pensa, os melhores meses para presenciar auroras boreais são Setembro e Março/ Abril e não os meses de Inverno, pois os céus estão normalmente menos nublados o que aumenta as possibilidades de uma visualização.
2) Normalmente é necessário sair das cidades para as conseguir ver. Quanto mais escuro melhor e se estiver lua nova melhor ainda.
3) Para as fotografar convém ter um tripé, máquina fotográfica que tenha modo manual, controlo remoto ou timer (por causa da longa exposição), uma lente grande angular e não esquecer de colocar a focagem em manual e preferencialmente fotografar em RAW. Depois é só ir testando até encontrar a melhor relação entre a ISO mais baixa possível e o tempo de exposição.
Depende da força da aurora mas normalmente 800 ISO (mais se a aurorra não estiver muito forte), com a maior abertura possível e ir até ao máximo de 20 segundos de exposição (para não apanhar as estrelas “arrastadas”). E claro, focar corretamente no infinito, naturalmente, em modo manual.
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