Rakotzbrucke, a mais perfeita das Devil´s Bridge

Indíce do Artigo

Já há alguns anos que a imagem de um círculo perfeito refletido em águas sombrias me perseguia. Volta e meia lá aparecia aquele arco impossível em artigos do género “As 10 pontes mais bonitas do mundo” ou “ Os 20 lugares mágicos de que nunca ouviu falar”.

Mas, esbarrava sempre no mapa-mundo que teimava em mostrar-me que a ponte ficava longe, no meio do nada e a caminho de lugar nenhum. Até que há dias notei que o sítio onde me encontrava naquele momento estava a “escassos” 300Km da ponte e deu-se um daqueles momentos “é agora ou nunca”.

Sim, somos nós bem lá ao fundo.

A Rakotzbrucke é uma das muitas “Devil´s Bridge” espalhadas pela Europa. Sempre que uma ponte assume formas que desafiam a gravidade a cultura popular encarrega-se de determinar que tal feito arquitetónico só pode ser obra do demo e o pagamento de tal empreitada costuma ter de ser feito na moeda internacional de uma alma por ponte.

Em regra, o sortudo a pagar a conta costuma ser o primeiro que cruze a ponte e, reza a lenda, que o construtor da Rakotzbrucke resolveu sacrificar-se pela sua obra e ser o primeiro a atravessar.

Se o vosso GPS não aceitar coordenadas do género “para lá do sol posto” ou “onde Judas perdeu as botas” experimentem colocar Rhododendron Park Kromlau, na Alemanha e a cerca de 120Km de Dresden e 6Km da fronteira polaca encontrarão a bendita ponte.

As colunas de basalto utilizadas na construção da ponte vieram da Escandinávia e da Suíça Saxónica. Não admira que tenha levado 20 anos a construir…

Dicas:

– Há estacionamento a 3 minutos a pé da ponte e é permitido acampar;

– O parque é gratuito desde que foi nacionalizado após a II Grande Guerra e está sempre aberto;

– Subir a ponte é estritamente proibido. Na realidade a ponte sempre teve um propósito decorativo e não utilitário. Há sinalização e gradeamento a proibir a passagem mas há quem opte por subir. Fica ao critério de cada um;

– A melhor altura do ano para uma visita é no Outono mas a Primavera parece ser uma boa segunda opção. No Inverno o lago Rakotzsee gela e o efeito circular do reflexo não é possível pelo que o local perde muito do seu encanto;

– O resto do parque merece uma visita e a poucos quilómetros é ainda possível visitar o parque Bad Muskau, património mundial da UNESCO.

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